25 de março de 2011
Saiba como fazer para ser policial militar
Quer ser um policial militar. Então assista ao vídeo e saiba os passos que deve seguir para alçar voos nessas carreira.
Jovem diz em depoimento que ataque do pastor foi ‘sonho’
Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
Depois de acusar o pastor Daniel Paulino de Souza, 32, de abusá-la sexualmente, uma adolescente de 16 anos prestou novo depoimento ontem na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) e disse que tudo não passou de um “sonho”. A garota depôs por quase duas horas à delegada Graciela Ambrósio, acompanhada de sua mãe e uma advogada, e desmentiu o que havia dito há um mês, no dia 22 de fevereiro. Naquela data, a garota e outras sete meninas registraram boletim de ocorrência por violação sexual mediante fraude contra o pastor. A delegada disse que este novo depoimento da adolescente, prestado ontem, é “conflitante” com as versões dadas por ela anteriormente ao Conselho Tutelar e ao setor de psicologia da DDM.
O caso chegou à delegacia depois que uma mãe foi até o Conselho Tutelar e acusou o pastor de abusar de sua filha e outras sete meninas (leia mais em texto nesta página). No dia seguinte, os conselheiros encaminharam as jovens para registrar boletim na DDM. Em seu depoimento durante a elaboração da ocorrência, a jovem de 16 anos afirmou que tinha sido atacada por Souza. “Eu disse que ele tinha tentando fazer sexo comigo, queria me forçar, que passava a mão em mim”, disse ela ontem à reportagem do Comércio.
Dizendo-se arrependida por ter se “deixado levar pelas outras meninas”, a garota de 16 anos revolveu mudar seu depoimento. “Quando me chamaram para depor, cheguei à conclusão de que eu estava mentindo e resolvi falar a verdade”. Segundo a menina, o abuso seria um “sonho” que ela teve durante uma noite que teria passado na casa do pastor para cuidar dos filhos dele. “Fiz minha parte em falar a verdade. Tive um sonho com o pastor e um desejo de ficar com ele. No sonho eu seduzia ele, mas nada aconteceu na realidade”. Ainda à reportagem do Comércio, disse que, de todas as meninas, somente ela teve “coragem de dizer a verdade”.
Para a delegada Graciela Ambrósio, a declaração dada ontem pela adolescente é “conflitante” com os depoimentos prestados na elaboração do boletim de ocorrência e na denúncia feita ao Conselho Tutelar. “Ela foi orientada sobre a responsabilidade de mentir no depoimento, mesmo assim quis seguir com suas afirmações. Quem vai avaliar os atos dela será o juiz”, disse.
Segundo Graciela, essa nova versão da garota não muda o indiciamento do pastor, porque as outras sete adolescentes mantiveram seus depoimentos, acusando Daniel Paulino de abusá-las sexualmente.
(publicada pelo Jornal Comércio da Franca em 22 de março de 2011)
Acesse o link: http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?codigo=124225&codigo_categoria=3&leitores=4903
Religiosos tentam converter presas na Cadeia do Jardim Guanabara
Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
repórter do Jornal Comércio da Franca
Faça chuva ou faça sol, todos os sábados três grupos de religiosos chegam às 13h50, na Cadeia do Guanabara, em Franca. Nas mãos, carregam bíblias, jornais institucionais, folhetos de cânticos e violão. Os materiais ajudarão os voluntários no trabalho de conversão das presas. O objetivo converter as dententas e fazer com que elas não voltem ao mundo do crime ao sair da prisão.
Participam da evangelização (encontros religiosos para apresentação da Bíblia e testemunhos de fé através de cantos e orações), dois membros da Assembléia de Deus, dois da Universal do Reino de Deus e cinco da Pastoral Carcerária, ligada à Igreja Católica. Trabalho semelhante era realizado antes na cidade de Batatais, de onde as presas vieram transferidas. Hoje, 147 presas ocupam as celas da cadeia pública de Franca, mas nem todas participam das reuniões.
O portão só é aberto quando os grupos já estão formados do lado de fora. Quem chega atrasado não entra. Com a autorização do diretor da cadeia, o delegado Eduardo Bonfim, a reportagem do Comércio passou duas horas na unidade e acompanhou de perto como é trabalho para conversão das detentas. Antes de seguirem para o pátio, os visitantes apresentam uma carteirinha de identificação, assinam um livro e informam a qual igreja pertencem. Bolsas, celulares e chaves não entram.
No pátio, encontramos as mulheres fazendo a unha, lavando roupas, cozinhando e aguardando a chegada dos grupos de oração. Os religiosos vão de cela em cela convidando-as a participar. Como todos os dias chegam novas “moradoras” e outras saem - encaminhadas a penitenciárias do Estado -, o total de participantes oscila a cada sábado. No último, obreiras da Igreja Universal se reuniram com 17 detentas em uma sala aberta conhecida na unidade como Capelinha. Membros da Pastoral Carcerária fizeram a evangelização com 35 presas no pátio mesmo. E representantes da Assembléia de Deus rezavam com mais 15 mulheres no último corredor da cadeia. Os encontros acontecem de forma simultânea e, por cerca de duas horas, é possível observar a entrega das participantes, o fervor das orações, o choro e os gritos por perdão.
A Pastoral Carcerária, liderada pelo padre Marco Antônio Garcia, começou a reunião com cantos e coreografias, seguidos da leitura e explicação da Bíblia. Para o padre, que trabalha em cadeias há duas décadas, esse tipo de evangelização tem o objetivo de dar um rumo à vida dessas pessoas. “Temos a noção exata que elas pecaram e que, para a Justiça dos homens, elas ainda devem pagar. Essa evangelização é para que tenham fé e acreditem que Deus existe, acreditem no amor, no perdão”, disse.
Após a última oração, a despedida é acompanhada da promessa do reencontro na semana seguinte. Na saída, com o violão nas costas e as mãos vazias - as Bíblias, folhetos e jornais ficaram com as presas -, os religiosos deixam a cadeia parecendo concentrados, pensativos. “A intenção é sempre melhorar nosso trabalho, para ajudar ainda mais aos que precisam”, disse padre Marco Antônio Garcia.
MUITAS HISTÓRIAS
Os crimes que levaram as mulheres ao Guanabara são variados, vão de assalto a extorsão. Mas, segundo a administração da unidade, a maioria está reclusa por envolvimento com drogas. Muitas carregam nomes de namorados, maridos e filhos tatuados pelo corpo.
Algumas rezam de longe, sem se misturarem aos grupos. Assim estava VAM, 30 anos, mãe de quatro filhos e presa por roubo à mão armada. Sentada em meio a lençóis e toalhas. Para ela, a presença dos religiosos é sempre um momento único dentro da cadeia. “Todo sábado é uma alegria, esse tipo de trabalho ajuda a gente de certa forma, pelo menos nos dá forças para mudar de vida”. A direção da cadeia, não permitiu que a reportagem detalhasse mais o passado das presas por motivo de segurança.
Participam da evangelização (encontros religiosos para apresentação da Bíblia e testemunhos de fé através de cantos e orações), dois membros da Assembléia de Deus, dois da Universal do Reino de Deus e cinco da Pastoral Carcerária, ligada à Igreja Católica. Trabalho semelhante era realizado antes na cidade de Batatais, de onde as presas vieram transferidas. Hoje, 147 presas ocupam as celas da cadeia pública de Franca, mas nem todas participam das reuniões.
O portão só é aberto quando os grupos já estão formados do lado de fora. Quem chega atrasado não entra. Com a autorização do diretor da cadeia, o delegado Eduardo Bonfim, a reportagem do Comércio passou duas horas na unidade e acompanhou de perto como é trabalho para conversão das detentas. Antes de seguirem para o pátio, os visitantes apresentam uma carteirinha de identificação, assinam um livro e informam a qual igreja pertencem. Bolsas, celulares e chaves não entram.
No pátio, encontramos as mulheres fazendo a unha, lavando roupas, cozinhando e aguardando a chegada dos grupos de oração. Os religiosos vão de cela em cela convidando-as a participar. Como todos os dias chegam novas “moradoras” e outras saem - encaminhadas a penitenciárias do Estado -, o total de participantes oscila a cada sábado. No último, obreiras da Igreja Universal se reuniram com 17 detentas em uma sala aberta conhecida na unidade como Capelinha. Membros da Pastoral Carcerária fizeram a evangelização com 35 presas no pátio mesmo. E representantes da Assembléia de Deus rezavam com mais 15 mulheres no último corredor da cadeia. Os encontros acontecem de forma simultânea e, por cerca de duas horas, é possível observar a entrega das participantes, o fervor das orações, o choro e os gritos por perdão.
A Pastoral Carcerária, liderada pelo padre Marco Antônio Garcia, começou a reunião com cantos e coreografias, seguidos da leitura e explicação da Bíblia. Para o padre, que trabalha em cadeias há duas décadas, esse tipo de evangelização tem o objetivo de dar um rumo à vida dessas pessoas. “Temos a noção exata que elas pecaram e que, para a Justiça dos homens, elas ainda devem pagar. Essa evangelização é para que tenham fé e acreditem que Deus existe, acreditem no amor, no perdão”, disse.
Após a última oração, a despedida é acompanhada da promessa do reencontro na semana seguinte. Na saída, com o violão nas costas e as mãos vazias - as Bíblias, folhetos e jornais ficaram com as presas -, os religiosos deixam a cadeia parecendo concentrados, pensativos. “A intenção é sempre melhorar nosso trabalho, para ajudar ainda mais aos que precisam”, disse padre Marco Antônio Garcia.
MUITAS HISTÓRIAS
Os crimes que levaram as mulheres ao Guanabara são variados, vão de assalto a extorsão. Mas, segundo a administração da unidade, a maioria está reclusa por envolvimento com drogas. Muitas carregam nomes de namorados, maridos e filhos tatuados pelo corpo.
Algumas rezam de longe, sem se misturarem aos grupos. Assim estava VAM, 30 anos, mãe de quatro filhos e presa por roubo à mão armada. Sentada em meio a lençóis e toalhas. Para ela, a presença dos religiosos é sempre um momento único dentro da cadeia. “Todo sábado é uma alegria, esse tipo de trabalho ajuda a gente de certa forma, pelo menos nos dá forças para mudar de vida”. A direção da cadeia, não permitiu que a reportagem detalhasse mais o passado das presas por motivo de segurança.
(publicada pelo Jornal Comércio da Franca em 17 de fevereiro de 2011)
Internação na Fundação Casa cresceu 93% no ano passado
Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
repórter do Jornal Comércio da Franca
O número de adolescentes apreendidos na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) de Franca praticamente dobrou em 2010. Segundo estatística da própria instituição, 128 adolescentes deram entrada na unidade local em 2009. No ano passado, o número subiu para 248 - crescimento de 93%.
Os dados apontam que o ato infracional mais recorrente é o tráfico de drogas. Em 2009, 39 adolescentes foram apreendidos por cometerem o delito. No ano passado, foram 68 internações. “Nós percebemos que o fator principal de entrada é o fácil acesso às drogas que os adolescentes têm. De todos os jovens que se encontram hoje na unidade, a maioria é usuário (de drogas). O contato precoce com o entorpecente é uma constante e está acontecendo cada vez mais cedo”, alerta Eloaine Aparecida de Souza, encarregada técnica da Fundação Casa de Franca.
De acordo com Eloaine, outros fatores também contribuem para a inclusão de jovens no crime, como a ociosidade, família sem referencial de autoridade e evasão escolar. A encarregada técnica da Fundação conta que a maioria dos jovens apreendidos em Franca tem idade média de 17 anos, mora em bairros periféricos, há disfunção dentro das famílias e é de classe baixa. Porém, ela ressalta que já houve internação em que o jovem morava em bairro nobre e era filho único de família de classe alta.
No dia 20 de janeiro, 73 garotos estavam apreendidos na Fundação Casa da cidade. Destes, 55 eram de Franca, seis de Miguelópolis, quatro de Batatais, três de São Joaquim da Barra, um de Morro Agudo, um de Guará, um de São José da Bela Vista, um de Itirapuã e um de Uberaba, que cometeu a infração em Igarapava.
A reincidência de adolescentes na unidade não chega a 2%. Segundo a encarregada técnica da unidade, em 2010, dos 248 garotos que deram entrada na Fundação, apenas quatro estavam lá pela segunda vez. “A maioria que passa aqui não volta. O número de reincidentes é muito pequeno e ficamos felizes com isso. O trabalho que realizamos está sendo efetivo”.
UNIDADES
As internações na Fundação Casa de Franca são divididas em três unidades. Os adolescentes infratores quando são pegos em flagrante ficam na UAI (Unidade de Atendimento Inicial) - espaço que substituiu a cela especial da Cadeia do Guanabara para onde os adolescentes eram levados. Esta unidade possui 10 vagas, duas para meninas e oito para meninos.
A UIP (Unidade de Internação Provisória), com 16 vagas, é para os jovens que estão passando por julgamento. A permanência nela é de até 45 dias, enquanto aguardam a sentença. Caso sejam culpados, os adolescentes podem receber a medida de internação e são encaminhados à UI (Unidade de Internação), que possui 56 vagas.
A Fundação também possui uma casa na região central da cidade, chamada de República, que abriga 15 jovens já em fase de preparação para se integrarem à sociedade. Esses adolescentes podem trabalhar fora, assistir televisão, frequentar escola e ir para casa aos finais de semana.
Após deixar a instituição, o ex-interno é ainda acompanhado por mais seis meses por uma equipe da própria Fundação.
Os dados apontam que o ato infracional mais recorrente é o tráfico de drogas. Em 2009, 39 adolescentes foram apreendidos por cometerem o delito. No ano passado, foram 68 internações. “Nós percebemos que o fator principal de entrada é o fácil acesso às drogas que os adolescentes têm. De todos os jovens que se encontram hoje na unidade, a maioria é usuário (de drogas). O contato precoce com o entorpecente é uma constante e está acontecendo cada vez mais cedo”, alerta Eloaine Aparecida de Souza, encarregada técnica da Fundação Casa de Franca.
De acordo com Eloaine, outros fatores também contribuem para a inclusão de jovens no crime, como a ociosidade, família sem referencial de autoridade e evasão escolar. A encarregada técnica da Fundação conta que a maioria dos jovens apreendidos em Franca tem idade média de 17 anos, mora em bairros periféricos, há disfunção dentro das famílias e é de classe baixa. Porém, ela ressalta que já houve internação em que o jovem morava em bairro nobre e era filho único de família de classe alta.
No dia 20 de janeiro, 73 garotos estavam apreendidos na Fundação Casa da cidade. Destes, 55 eram de Franca, seis de Miguelópolis, quatro de Batatais, três de São Joaquim da Barra, um de Morro Agudo, um de Guará, um de São José da Bela Vista, um de Itirapuã e um de Uberaba, que cometeu a infração em Igarapava.
A reincidência de adolescentes na unidade não chega a 2%. Segundo a encarregada técnica da unidade, em 2010, dos 248 garotos que deram entrada na Fundação, apenas quatro estavam lá pela segunda vez. “A maioria que passa aqui não volta. O número de reincidentes é muito pequeno e ficamos felizes com isso. O trabalho que realizamos está sendo efetivo”.
UNIDADES
As internações na Fundação Casa de Franca são divididas em três unidades. Os adolescentes infratores quando são pegos em flagrante ficam na UAI (Unidade de Atendimento Inicial) - espaço que substituiu a cela especial da Cadeia do Guanabara para onde os adolescentes eram levados. Esta unidade possui 10 vagas, duas para meninas e oito para meninos.
A UIP (Unidade de Internação Provisória), com 16 vagas, é para os jovens que estão passando por julgamento. A permanência nela é de até 45 dias, enquanto aguardam a sentença. Caso sejam culpados, os adolescentes podem receber a medida de internação e são encaminhados à UI (Unidade de Internação), que possui 56 vagas.
A Fundação também possui uma casa na região central da cidade, chamada de República, que abriga 15 jovens já em fase de preparação para se integrarem à sociedade. Esses adolescentes podem trabalhar fora, assistir televisão, frequentar escola e ir para casa aos finais de semana.
Após deixar a instituição, o ex-interno é ainda acompanhado por mais seis meses por uma equipe da própria Fundação.
(publicada pelo Jornal Comércio da Franca em 4 de fevereiro de 2011)
Homem de 23 anos mata ex-mulher com 13 facadas em Pedregulho
Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
repórter do Jornal Comércio da Franca
Dois homicídios foram registrados ontem na região. Em Patrocínio Paulista, o padrasto matou o enteado com um tiro durante a madrugada. No meio da tarde, um jovem de 23 anos confessou ter matado sua ex-mulher com pelo menos 13 facadas - doze delas no pescoço. O homicídio aconteceu na casa dos pais do autor. Segundo a polícia, a motivação do crime foi passional - o rapaz não aceitava o fim do relacionamento que mantinha há dois anos com a mulher. Ela deixa um filho de um ano e quatro meses, fruto do casamento com seu agressor.
A vítima é a dona de casa Lucimar da Silva Xavier (na foto abaixo), 19, moradora em Pedregulho. O assassinato aconteceu por volta das 15 horas de ontem, na cozinha de uma casa simples do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Após escutar gritos de briga, vizinhos acionaram a Polícia Militar. Ao chegar no local, os policiais encontraram o serviços gerais Marcos Aparecido Moreira, 23, que logo confessou ter matado a própria mulher. “Nós fomos acionados para atender uma briga e, ao chegarmos aqui, havia acontecido essa barbárie. O autor não fugiu e nós demos voz de prisão a ele”, disse o soldado Afonso, da PM.
Segundo a mãe da vítima, Cristina Rodrigues Xavier, 38, sua filha estava separada há uma semana de Marcos e não pretendia mais voltar com ele. Ontem eles viajaram para Franca e, na volta, Marcos ainda insistiu para que Lucimar reatasse o casamento. Ainda de acordo com Cristina, o rapaz já havia dito que mataria a ex-mulher caso ela não voltasse com ele. “Ela foi à casa dele para pegar umas coisas. Minutos depois, meu filho de 11 anos chegou gritando e dizendo que ele tinha matado ela. Ele não aceitava a separação de jeito nenhum”.
A única testemunha do homicídio foi a mãe do autor. Em depoimento à polícia no local dos fatos, disse que seu filho aproveitou que ela havia saído, trancou a casa e começou a brigar com a mulher. Do lado de fora, ela tentou abrir a porta da cozinha quebrando os vidros, mas não conseguiu entrar. “Somente quando o autor matou a menina, é que ele destrancou a porta”, disse o policial.
Os peritos da Polícia Científica estiveram no local do homicídio e analisaram a cena do crime. O corpo da vítima foi removido da casa por funcionários da Funerária São Francisco e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca.
Após ser levado para a delegacia da cidade, Marcos prestou depoimento e foi encaminhado para uma cela especial da cadeia do Jardim Guanabara de onde deve ser levado na próxima segunda-feira para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca.
A vítima é a dona de casa Lucimar da Silva Xavier (na foto abaixo), 19, moradora em Pedregulho. O assassinato aconteceu por volta das 15 horas de ontem, na cozinha de uma casa simples do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Após escutar gritos de briga, vizinhos acionaram a Polícia Militar. Ao chegar no local, os policiais encontraram o serviços gerais Marcos Aparecido Moreira, 23, que logo confessou ter matado a própria mulher. “Nós fomos acionados para atender uma briga e, ao chegarmos aqui, havia acontecido essa barbárie. O autor não fugiu e nós demos voz de prisão a ele”, disse o soldado Afonso, da PM.
Segundo a mãe da vítima, Cristina Rodrigues Xavier, 38, sua filha estava separada há uma semana de Marcos e não pretendia mais voltar com ele. Ontem eles viajaram para Franca e, na volta, Marcos ainda insistiu para que Lucimar reatasse o casamento. Ainda de acordo com Cristina, o rapaz já havia dito que mataria a ex-mulher caso ela não voltasse com ele. “Ela foi à casa dele para pegar umas coisas. Minutos depois, meu filho de 11 anos chegou gritando e dizendo que ele tinha matado ela. Ele não aceitava a separação de jeito nenhum”.
A única testemunha do homicídio foi a mãe do autor. Em depoimento à polícia no local dos fatos, disse que seu filho aproveitou que ela havia saído, trancou a casa e começou a brigar com a mulher. Do lado de fora, ela tentou abrir a porta da cozinha quebrando os vidros, mas não conseguiu entrar. “Somente quando o autor matou a menina, é que ele destrancou a porta”, disse o policial.
Os peritos da Polícia Científica estiveram no local do homicídio e analisaram a cena do crime. O corpo da vítima foi removido da casa por funcionários da Funerária São Francisco e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca.
Após ser levado para a delegacia da cidade, Marcos prestou depoimento e foi encaminhado para uma cela especial da cadeia do Jardim Guanabara de onde deve ser levado na próxima segunda-feira para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca.
(publicada no Jornal Comércio da Franca em 12 de março de 2011)
Após polêmica, mototaxistas obtêm credencial provisória
Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
O circuito de palestras oferecido pela Prefeitura de Franca para o fornecimento da credencial provisória para habilitar novos mototaxistas, motofretistas e motoboys terminou na última sexta-feira com 184 profissionais participantes. O procedimento agora é entregar os documentos para obtenção da carteira provisória. Sessenta candidatos fizeram suas inscrições, mas não participaram das palestras. Mesmo assim, eles podem obter a credencial que dá o direito de trabalhar nas ruas da cidade. Atualmente existem 280 mototaxistas habilitados em Franca. Com o novo credenciamento, este número cresce 65,7%.
Os profissionais que participaram das palestras devem apresentar a documentação exigida por lei federal - RG, título de eleitor e CPF. Não há prazo determinado para a entrega dos documentos, mas segundo o secretário de Segurança e Cidadania, Sérgio Buranelli, é preciso se antecipar, pois a fiscalização volta a acontecer nas próximas semanas. “É necessário que todos os 184 participantes, nos encaminhe os documentos para darmos entrada na papelada para a viabilização da provisória. Os que não assistiram às aulas também poderão obter essa carteira, mas é preciso entregar também toda a documentação”.
De acordo com o secretário, os profissionais não podem deixar de apresentar todos os documentos solicitados, pois mesmo que falte apenas um, não poderá receber essa autorização provisória. A secretaria tem até dez dias para entregar aos profissionais a credencial. Após esse prazo, a Guarda Municipal deve atuar na fiscalização. Sem o alvará de funcionamento ou a credencial, os guardas municipais poderão apreender o veículo e autuar o condutor por atividade ilegal da profissão. A Polícia Militar deve fiscalizar somente quando houver um novo curso credenciado pelo Estado, quando o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) autorizar o credenciamento de um curso do CFC (Centro de Formação de Condutores). O Ministério Público deve prazo até 14 de junho de 2011 para que a situação seja regularizada na cidade.
O mototaxista Leandro Gomide Celestino, 33, que trabalha há um ano nessa área, participou do circuito de palestras e acredita que com o credenciamento, mesmo que provisório, terá mais segurança para trabalhar. “Achei muito válido esse curso, pois aprendemos até como cuidar do capacete, cuidado com o passageiro e como agir no trânsito”.
Para retirar a credencial, os profissionais precisam encaminhar os documentos exigidos para a Secretaria de Segurança e Cidadania, na Avenida Alameda Vicente Leporace, 4.655, no Parque dos Pinhais.
Os profissionais que participaram das palestras devem apresentar a documentação exigida por lei federal - RG, título de eleitor e CPF. Não há prazo determinado para a entrega dos documentos, mas segundo o secretário de Segurança e Cidadania, Sérgio Buranelli, é preciso se antecipar, pois a fiscalização volta a acontecer nas próximas semanas. “É necessário que todos os 184 participantes, nos encaminhe os documentos para darmos entrada na papelada para a viabilização da provisória. Os que não assistiram às aulas também poderão obter essa carteira, mas é preciso entregar também toda a documentação”.
De acordo com o secretário, os profissionais não podem deixar de apresentar todos os documentos solicitados, pois mesmo que falte apenas um, não poderá receber essa autorização provisória. A secretaria tem até dez dias para entregar aos profissionais a credencial. Após esse prazo, a Guarda Municipal deve atuar na fiscalização. Sem o alvará de funcionamento ou a credencial, os guardas municipais poderão apreender o veículo e autuar o condutor por atividade ilegal da profissão. A Polícia Militar deve fiscalizar somente quando houver um novo curso credenciado pelo Estado, quando o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) autorizar o credenciamento de um curso do CFC (Centro de Formação de Condutores). O Ministério Público deve prazo até 14 de junho de 2011 para que a situação seja regularizada na cidade.
O mototaxista Leandro Gomide Celestino, 33, que trabalha há um ano nessa área, participou do circuito de palestras e acredita que com o credenciamento, mesmo que provisório, terá mais segurança para trabalhar. “Achei muito válido esse curso, pois aprendemos até como cuidar do capacete, cuidado com o passageiro e como agir no trânsito”.
Para retirar a credencial, os profissionais precisam encaminhar os documentos exigidos para a Secretaria de Segurança e Cidadania, na Avenida Alameda Vicente Leporace, 4.655, no Parque dos Pinhais.
(publicada no Jornal Comércio da Franca em 17 de março de 2011)
Dr. Alonso y Alonso é a mais perigosa de Franca. De novo
Ana Luíza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
A Avenida Doutor Ismael Alonso y Alonso, uma das principais vias de Franca, é pelo segundo ano consecutivo a mais violenta da cidade. No ranking divulgado pela Seção de Trânsito da Polícia Militar, a avenida lidera o número de acidentes ocorridos em 2010. Foram 244 acidentes - com e sem vítimas - registrados no local. Em segundo lugar da lista aparece a Major Nicácio, com 216 ocorrências, seguida pela Brasil, com 162. Nas 10 vias mais violentas da cidade foram 1.474 acidentes em 2010 (veja lista nesta página). Em 2009, a Alonso y Alonso já havia ficado em primeiro entre as que mais registraram acidentes. Naquele ano foram 205 ocorrências. O aumento foi de 19%.
Além de ser a mais perigosa, a Alonso y Alonso é também a via com maior trânsito na cidade. A Prefeitura estima que 30 mil veículos passem diariamente pelos seis quilômetros da avenida. O horário das 16 horas às 19h30 é o de maior fluxo - concentra mais da metade desses veículos. Para a Prefeitura, a imprudência dos motoristas é a principal causa de acidentes no local. “Nós já fizemos tudo o que precisava em relação à sinalização na Alonso y Alonso. Agora contamos com a colaboração dos motoristas, que devem ter mais responsabilidade no trânsito”, disse Sérgio Buranelli, secretário de Segurança e Cidadania, também responsável pelo setor de trânsito do município.
A Alonso y Alonso corta 14 bairros da cidade, como os jardins Bueno e Consolação. Para a Polícia Militar, além da imprudência dos motoristas, a grande frota de veículos - que ultrapassa a marca de 200 mil circulando na cidade - contribui para o aumento na ocorrência de acidentes. “O condutor do veículo deve estar sempre atento às sinalizações e à confluência do trânsito. Hoje não dá mais para dirigir sem atenção, principalmente em vias de grande movimento como a Alonso y Alonso”, disse o capitão Marcus Araújo, comandante do Pelotão de Trânsito da Polícia Militar.
Acidentes graves nos últimos anos fizeram com que a Divisão de Trânsito da cidade implantasse uma série de melhorias na avenida. Semáforos, placas de sinalização e a presença constante de radares são alguns dos itens que fazem parte da realidade da via. Mas para muitos usuários da avenida, isso ainda não é suficiente. A atendente Elaine Caun, 28, que mora próximo à Alonso y Alonso, diz que a vida de pedestres não é nada fácil quando precisa atravessar a rotatória com a Avenida Champagnat. “Faltam faixas de pedestres naquele local. Os motoristas passam sempre correndo e nunca deixam a gente passar. Os pedestres sofrem para atravessar e isso precisa mudar.”
Além de ser a mais perigosa, a Alonso y Alonso é também a via com maior trânsito na cidade. A Prefeitura estima que 30 mil veículos passem diariamente pelos seis quilômetros da avenida. O horário das 16 horas às 19h30 é o de maior fluxo - concentra mais da metade desses veículos. Para a Prefeitura, a imprudência dos motoristas é a principal causa de acidentes no local. “Nós já fizemos tudo o que precisava em relação à sinalização na Alonso y Alonso. Agora contamos com a colaboração dos motoristas, que devem ter mais responsabilidade no trânsito”, disse Sérgio Buranelli, secretário de Segurança e Cidadania, também responsável pelo setor de trânsito do município.
A Alonso y Alonso corta 14 bairros da cidade, como os jardins Bueno e Consolação. Para a Polícia Militar, além da imprudência dos motoristas, a grande frota de veículos - que ultrapassa a marca de 200 mil circulando na cidade - contribui para o aumento na ocorrência de acidentes. “O condutor do veículo deve estar sempre atento às sinalizações e à confluência do trânsito. Hoje não dá mais para dirigir sem atenção, principalmente em vias de grande movimento como a Alonso y Alonso”, disse o capitão Marcus Araújo, comandante do Pelotão de Trânsito da Polícia Militar.
Acidentes graves nos últimos anos fizeram com que a Divisão de Trânsito da cidade implantasse uma série de melhorias na avenida. Semáforos, placas de sinalização e a presença constante de radares são alguns dos itens que fazem parte da realidade da via. Mas para muitos usuários da avenida, isso ainda não é suficiente. A atendente Elaine Caun, 28, que mora próximo à Alonso y Alonso, diz que a vida de pedestres não é nada fácil quando precisa atravessar a rotatória com a Avenida Champagnat. “Faltam faixas de pedestres naquele local. Os motoristas passam sempre correndo e nunca deixam a gente passar. Os pedestres sofrem para atravessar e isso precisa mudar.”
(publicada no Jornal Comércio da Franca em 30 de janeiro de 2011)
Acesse o link: http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?codigo=119444
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