21 de agosto de 2011
Enquanto trabalha.....
Dia desses em uma pauta sobre praças de Franca tive o prazer de plantar minha primeira árvore. Agora só falta ter um filho e escrever um livro. Moleza, afinal o difícil eu já fiz.
Policiais falam em como foi ação que culminou na morte de três bandidos em Franca
TIROTEIO - Em uma cobertura jornalística pra lá de emocionante
O sucesso da ação que culminou na morte de três bandidos e na prisão de oito no dia 31 de maio, no Bairro Recanto Elimar em Franca, levou 21 policiais militares ao divã de um psicólogo. O procedimento é padrão desde 2002 para todos os policiais envolvidos em operações que terminam em mortes.
Os policiais francanos foram atendidos por dois psicólogos em junho. Todos foram diagnosticados como aptos a voltar ao trabalho. No Estado, de janeiro a maio deste ano, 1.215 homens policiais foram encaminhados para o programa. Quase a metade é do interior. Em todo o ano passado, foram atendidos 1.976 homens na capital e 1.236 no interior. O Comando da Polícia Militar de São Paulo não informou os números referentes à região de Franca e também não revelou quantos policiais foram considerados incapacitados para o trabalho.
Falei com três dos 21 policiais que participaram do tiroteio no Elimar _os sargentos Caio César Polim, 32, e Paulo Sérgio da Silva Sousa, 41, e o cabo Tiago da Silva Melo, 36. Apesar de aprovados na avaliação psicológica, eles admitiram ter ficado abalados. Somados, eles têm 42 anos de carreira e nunca tinham enfrentado uma ocorrência com tiroteio e mortes. “Quando começou o tiroteio a gente só pensava em nos abrigar e nos defender. Seria muito bom se tivéssemos prendido todos sem matar ninguém, mas sabemos que naquela hora ou atirávamos ou poderíamos morrer”, disse o sargento Paulo Sérgio, que está na corporação há 20 anos.
Polim, há 13 anos na polícia, disse que o sofrimento ao matar uma pessoa é inerente ao profissional do bem. “Lá atrás quando entramos na PM, recebemos uma missão e juramos defender a sociedade com sacrifício da nossa própria vida. Não somos treinados para matar. Nós somos treinados para defender a população. Atirar e ver alguém morrendo é uma sensação ruim e não dá para esquecer de uma hora para outra.”
O cabo Melo, policial há nove anos, disse que a situação o abalou, mas o que ele não se conforma é com o envolvimento de policiais nas explosões de caixas eletrônicos. “Tirar os bandidos de circulação é muito bom, mas ficamos mais felizes pela prisão de policiais que mancham a nossa honra e a nossa farda.”
Relembre o caso
A operação que envolveu os policiais avaliados aconteceu após duas explosões a caixas eletrônicos em Patrocínio Paulista. Dispondo de informações privilegiadas, a polícia chegou até o esconderijo da quadrilha no Bairro Recanto Elimar, onde foi recebida a tiros. Com os bandidos foram apreendidos uma metralhadora automática e um fuzil de uso exclusivo das Forças Armadas, com capacidade de 1.500 tiros por minuto.
Hoje são investigados pela justiça militar sobre os procedimentos adotados durante a ação, mas também vivem com a culpa de terem contribuído para a morte de três indivíduos. O procedimento envolve.
OBS: A matéria acima, de minha autoria, não foi publicada.
Faz tempo que não apareço
Faz um tempo que não venho aqui republicar minhas matérias. Confesso que essa ausência se deu por conta da rotina atribulada que venho levando: trabalho, serviços domésticos, namoro, compromissos fora. Mas agora quero manter uma regularidade por este canal que escolhi para manter meu portifólio profissional atualizado.
Espero que vocês continuem me visitando, pois novidades vão pintar.
Beijo.
Ana Laura, 9 anos, trava uma luta diária contra a leucemia
Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
repórter do Jornal Comércio da Franca
Ana Laura, 9, sempre gostou de fazer muitas atividades depois da escola. Balé e jazz estão entre suas paixões. Aluna do 4º ano (antiga 3ª série) do Pestalozzi, ela tem uma legião de amigos que agora não pode encontrar todos os dias. Tudo por causa de fortes dores pelo corpo que começou sentir há quatro meses. No começo, a família imaginava que fosse manha da menina. Com o passar dos dias, as dores ficaram mais intensas e ela foi parar na cadeira de rodas. Após uma bateria de exames, o diagnóstico foi feito dia 15 de julho. Ana Laura está com leucemia.
Filha de Anderson Alves e Maralaine, proprietários de uma fábrica de acessórios para moto com unidades no Jardim Petráglia e no Bairro São Joaquim, Ana tem mais um irmão, o falante Luis Gustavo, 4. Antes da descoberta da doença, a rotina era como a de uma família de classe média como tantas outras do Jardim do Éden, onde moram. Nas manhãs era aquele corre-corre. Levar as crianças para a escola, depois buscá-las.
Após as aulas, balé, jazz, judô e aulas extras de matemática, português e trabalhos escolares.
Tudo começou a mudar em maio. Com o surgimento das dores, fazer exames médicos se tornou uma tarefa diária, na tentativa de descobrir a razão do sofrimento. Até que a família começou uma batalha contra o tempo.
A doença, que atingiu as células brancas do sangue, faz com que o tratamento seja cada vez mais intenso. A previsão é de que sejam precisos dois anos e seis meses para combater o câncer. Como foi diagnosticada ainda no começo, há esperança de cura. A doença progride rapidamente e exige que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico.
Além das quimioterapias que faz no Hospital do Câncer de Franca, Ana Laura também precisa se submeter a transfusões de sangue frequentes. Com o tipo sanguíneo A positivo, pouco comum, encontrar doadores também é um desafio. “Minha família tem doado, amigos também estão ajudando, mas pedimos para as pessoas doarem sempre ao Hemocentro. Não só hoje ou na semana que vem”, diz a mãe da garota.
DIA-A-DIA
Com a doença, a menina teve que se afastar da escola. Programas, como ir ao shopping, restaurantes ou à igreja, estão suspensos até a autorização dos médicos. A comida deve ser caseira e seguir uma série de restrições, como lavar os alimentos com água sanitária. Todos os cuidados são para que ela não pegue nenhuma infecção, pois uma simples gripe pode agravar seu quadro.
Nos próximos meses, Ana Laura deve enfrentar a perda dos cabelos, que um dia já foram na cintura, por conta da quimioterapia. Apesar da mudança drástica, ela mostra que é forte e, mesmo com dores e lágrimas, acredita que vai melhorar. “Agora as pessoas estão me ajudando e depois eu posso ajudar elas. Acredito que Deus vai me ajudar (sic)”, diz Ana Laura. “Ela não tem a dimensão real do que está acontecendo e tem passado por um psicólogo. Confio muito em Deus e nas orações que todas pessoas têm feito para a nossa filha. Vamos vencer”, garante a mãe.
(publicada pelo Jornal Comércio da Franca em 14 de agosto de 2011)
Acesse o link: http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?codigo=140215
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