Ana Luiza Silva
repórter do Jornal Comércio da Franca
repórter do Jornal Comércio da Franca
As casas são simples, pequenas, não têm muros nem portões. A maioria possui alpendre e janelas voltadas para “a rua”. Os vizinhos todos se conhecem e trocam favores. Quase não há trânsito de carros, as crianças brincam livremente fora de suas casas e a criminalidade quase não chega lá. Estamos falando das vilas, precursoras dos modernos condomínios fechados, que ainda resistem no cenário urbano de Franca.
Escondidas em bairros da região central, as vilas nasceram no começo do século passado para abrigar famílias operárias. Hoje, segundo a Prefeitura de Franca, existem 27 na cidade (ver quadro).
Com uma média de seis casas, as vilas se instalaram em pequenos terrenos familiares. A reportagem visitou cinco delas e constatou que as casas, em sua maioria, foram reformadas e ganharam um aspecto mais moderno. Mas ainda existem as que mantêm fachadas antigas com o desenho original. Segundo o arquiteto Ivo Indiano, mesmo com a revitalização urbana que privilegia a construção de prédios, Franca tem vários espaços mais distantes do centro que poderiam ser ocupados por vilas.
A professora aposentada Alice Barini, 82, vive na vila que leva seu sobrenome há 25 anos. Seu pai, Bruno Barini, e os tios eram donos do pequeno terreno que ficou isolado com as construções que cresceram ao redor. “Sempre tive parentes na vila. Hoje tem apenas um casal de primos. É como se eu morasse em uma rua do interior que parou no tempo. A tranqüilidade e a amizade com os vizinhos são as grandes vantagens.”
Amélia Peixoto Junqueira, 71, moradora da Vila Almir, diz que nunca pensou em se mudar da Vila Almir devido à amizade com a vizinhança e à segurança do local.
Mas também há descontentes. A costureira Neliana de Oliveira, 53, diz que não vê a hora de sair da Vila Almir, onde mora há 11 anos. “As maiores desvantagens de se morar em uma vila é não ter muro entre as casas. Não há privacidade, qualquer barulho na rua parece que é dentro da sua casa. Quero um bairro onde eu possa ter a liberdade de fazer meu churrasco sem incomodar ninguém.”
Escondidas em bairros da região central, as vilas nasceram no começo do século passado para abrigar famílias operárias. Hoje, segundo a Prefeitura de Franca, existem 27 na cidade (ver quadro).
Com uma média de seis casas, as vilas se instalaram em pequenos terrenos familiares. A reportagem visitou cinco delas e constatou que as casas, em sua maioria, foram reformadas e ganharam um aspecto mais moderno. Mas ainda existem as que mantêm fachadas antigas com o desenho original. Segundo o arquiteto Ivo Indiano, mesmo com a revitalização urbana que privilegia a construção de prédios, Franca tem vários espaços mais distantes do centro que poderiam ser ocupados por vilas.
A professora aposentada Alice Barini, 82, vive na vila que leva seu sobrenome há 25 anos. Seu pai, Bruno Barini, e os tios eram donos do pequeno terreno que ficou isolado com as construções que cresceram ao redor. “Sempre tive parentes na vila. Hoje tem apenas um casal de primos. É como se eu morasse em uma rua do interior que parou no tempo. A tranqüilidade e a amizade com os vizinhos são as grandes vantagens.”
Amélia Peixoto Junqueira, 71, moradora da Vila Almir, diz que nunca pensou em se mudar da Vila Almir devido à amizade com a vizinhança e à segurança do local.
Mas também há descontentes. A costureira Neliana de Oliveira, 53, diz que não vê a hora de sair da Vila Almir, onde mora há 11 anos. “As maiores desvantagens de se morar em uma vila é não ter muro entre as casas. Não há privacidade, qualquer barulho na rua parece que é dentro da sua casa. Quero um bairro onde eu possa ter a liberdade de fazer meu churrasco sem incomodar ninguém.”
(publicada pelo Jornal Comércio da Franca em 1º de maio de 2011)
Acesse o link: http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?codigo=128473
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