Depois de uma semana em que se falou tanto de meio
ambiente e sustentabilidade na Rio+20, hoje trago um assunto que me ocorreu
durante as discussões da conferência.
No prédio em que moro, há quase dois anos foi colocada uma lixeira somente para o lixo reciclável. Latinhas de bebidas, embalagens plásticas e de papel e tantos outros materiais que podem ser separados em casa, limpos e colocados na lixeira para que sejam recolhidos pela coleta seletiva.
Mas nesse mesmo período eu observo como os moradores do
meu prédio estão preocupados com o planeta. É um absurdo, mas boa parte dos
condôminos não separa o lixo.
Eu faço a minha parte. Comprei uma lixeira especial para
minha casa só para colocar o lixo reciclável, assim não gasto com sacolinha
plástica ao depositar na lixeira coletiva. Limpo pote de Danone, garrafa de
refrigerante, embalagem de lasanha. Mas é triste abrir o lixo e encontrar no
lugar do orgânico um saco de latinhas de cerveja. É ainda revoltante encontrar
sacola com papel higiênico dentro da lixeira de reciclável.
Em Franca há uma usina de reciclagem, inclusive passei a
reciclar quando eu estive lá para fazer uma reportagem para o jornal e vi o
quanto os trabalhadores daquele local sofrem para separar o lixo. Vocês
acreditam que os materiais que chegam até eles e que deveriam ser materiais
secos, chegam misturados com fralda descartável, absorvente usado, pano
vomitado, entre outras nojeiras?
Tudo isso chega lá no caminhão de coleta seletiva, mas eu
não entendo o porquê de tanta falta de respeito para com quem vive do lixo
reciclável e para com o meio ambiente.
Será que é tão difícil separar o lixo reciclável do
orgânico?
Confesso que desde que decidi adotar como hábito de vida,
não me prejudicou em nada, só me ajuda a manter a consciência tranquila de que
alguma coisa eu tenho feito. O problema são as pessoas que ainda não se deram
conta de que separar o lixo reciclável é apenas uma das muitas obrigações que
nós seres humanos temos com o planeta.
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